domingo, 4 de novembro de 2007

História de Portugal ultra-condensada

Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe e acabou por se vingar na pandilha de mauritanos que vivia do outro lado do Tejo.
Para piorara ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.

Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei, bateu também as botas e foi desta para melhor. Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada, apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data, que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão e ainda arranjou uns trocos para comprar um barco ao filho, que era dado aos desportos náuticos.

De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão, com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Maputo, Ormuz, Calecute, Malaca, Timor e Macau. Quando a coisa deu para o torto, ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação, e resolveu ir afogar as mágoas, provocando malta de Alcácer-Quibir, para uma cena de estalo.

Felizmente tinha um primo, o Filipe, que não se importou de tomar conta do estaminé até chegar o outro João, que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil, e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos. Com conventos a mais e dinheiro a menos, as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar numa manhã de Novembro.

Muita coisa se partiu, mas sem gravidade, porque, passado pouco tempo, já estava tudo arranjado outra vez, graças a um mânfio chamado Sebastião, que tinha jeito para o bricolage e não era mau tipo, apesar das perucas um bocado amaricadas.

Foi por essa altura que Napoleão bateu à porta a perguntar se o Pedro podia vir brincar e, o irmão mais novo teve uma crise de ciúmes, e tratou de armar confusão que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano, que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.
A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa e, foi por isso, que Carlos anafado levou um tiro nos coiratos, quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço. O pessoal assustou-se com o barulho, e escondeu-se num buraco na Flandres, onde continuaram a ouvir tiros, mas apontados a eles e disparados por alemães.

Ao intervalo, já perdiam por muitos, mas o desafio não chegou ao fim, porque uma tipa, vestida de branco, apareceu a flutuar em cima de uma azinheira e três pastores que, deram primeiro em doidos, depois em mortos e, mais tarde, em beatos. Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado, mas, felizmente, não continuou, e Angola continuava a ser nossa, mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.

Comunistas dum camandro! Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite e um molho de cravos em cima do assunto.

Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel que nos pôs na Europa, e ainda teve tempo para transformar uma lixeira numa exposição mundial, e mamar duas secas da Grécia na final.

E o Cavaco?

O Cavaco foi com o Pai Natal e o Coelhinho, no comboio, ao circo...

Sem comentários: